segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Lua-de-mel

Para onde fazer as malas na lua-de-mel: Caribe, Tahiti, Veneza, Buenos Aires, Bariloche ou Nordeste? Contrariando as expectativas iniciais, nós ficamos bastante perdidos na hora de escolher o destino da lua-de-mel. De agência em agência, de site em site, muitas opções e dúvidas passaram pelas nossas pobres cabeças. E a inocente da noiva aqui achava que essa seria a parte mais fácil e prazerosa de toda a organização do casamento. Não é à-toa que tem até uma enquete sobre isso no blog.


Todo esse drama nada teve a ver com opiniões divergentes, porque, numa coisa, eu e o No estávamos de pleno acordo: nada de roteiros lotados de atividades e lugares que "a gente tem de conhecer". Para nós, a viagem de lua-de-mel, além de inesquecível, devia ser um momento de intimidade, diversão e merecido descanso depois de toda a loucura do casamento. Só queríamos saber de sombra e água fresca, literalmente. A gente queria mesmo era ir para uma praia paradisíaca no Caribe.

Eu queria ir para Cancún e ele, para Saint Andrés. Sonhávamos em ficar hospedos em um maravilhoso resort all inclusive de frente para as águas azul-turquesa do mar caribenho. Um sonho só! E um sonho com preços que cabiam no bolso.

"O mundo caiu", pelo menos para mim, quando, pesquisando sobre Cancun na internet, descobri que novembro ainda é temporada de furacões e período de muita chuva no Caribe (encontrei very helpful information no blog "tudosobrecancun.blogspot.com"). Já fui logo imaginando: e se um furacão pega a gente por lá? Deus me livre trocar o luxo do resort por um abrigo comunitário qualquer! O doido do noivo até achou que essa poderia ser uma experiência interessante e um aventura inesquecível. Tem cabimento?

Num momento de devaneio cheguei a pensar no romântico Tahiti, um substituto muito além da altura do Caribe. Mas os preços me fizeram abortar totalmente essa idéia. Quem sabe um dia, né?

Acreditem: foi realmente complicado escolher o melhor lugar para viajarmos no começo de novembro porque, mesmo entre as zilhões de opções oferecidas pelas agências de turismo, sempre havia algum porém climático nesse período.

Cogitamos ir para Bariloche e fazer uma escala em Buenos Aires, mas achei que seria um desperdício pois, sem neve, não poderíamos esquiar. Resolvemos deixar essa viagem para um próximo inverno. O No chegou a sugerir Roma e eu já pensei em esticar até a mágica Veneza para um passeio romântico de gôndola pelos canais. Tudo muito lindo, affordable, mas um roteiro muito cheio e exaustivo para as nossas expectativas garfildianas de uma lua-de-mel.

Foi então que sugeri procurarmos um super resort no Nordeste. O No concordou na hora, mas desde que fosse um all-inclusive. Peguei o guia super prático de resorts da CVC (uma mão na roda) em uma agência e comecei a fuçar nos sites. Encontrei cada resort maravilhoso e caro no Brasil! Muitos em estilo polinésio, que acho não devem deixar nada a desejar do Tahiti.

Eu adorei dois com bangalôs e piscinas privativas: o Nannai em Porto de Galinhas (www.nannai.com.br) e o kiaroa em Maraú, na Bahia (www.kiaroa.com.br). Na agência, disseram que o Nannai andava meio mal-cuidado e que a praia do resort não era muito legal. Minha amiga e madrinha Helô, que é uma pessoa de extremo bom gosto, também não achou o Nannai aquelas coisas e reclamou do cheiro forte de madeira dos bangalôs. Contra o Kiaroa, não ouvi uma reclamação sequer. Muito pelo contrário, foi eleito o melhor resort da América Latina em 2008. Só tinha um probleminha: o preço era "polinésio"! Como o sistema desses resorts não era all-inclusive, o No também não se interessou por nenhum deles.

Para diminuir o leque de opções, ficamos só com os resorts com sistema all-inclusive (bebidas, lanches, refeições e atividades incluídas na diária) e com baixa densidade demográfica de crianças. Com o novo filtro, selecionamos 2 resorts: o Enotel em Porto de Galinhas (www.enotel.com.br/new_site) e o Venta Club Pratagy em Alagoas (www.pratagyresort.com.br). Para o No, qualquer um dos 2 estava bom, mas eu fiquei na maior dúvida porque o Enotel era mais luxuoso e o Ventaclub oferecia mais atividades, bar na praia e mordomias. A indecisão terminou quando uma agente de turismo relatou que a comida do Enotel não era lá aquelas coisas.

Diante disso, resolvemos ir para o Venta Club Pratagy! Vamos pegar uma corzinha em Alagoas...

P.S. Obrigada a todos que tentaram nos ajudar, votando na enquete!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Fotos, Fotógrafos & Cia


Além das recordações, que serão eternas enquanto nós durarmos, as fotos serão a única coisa que permanecerá por várias gerações desse dia tão especial que será o nosso casamento. Por isso, tivemos todo o cuidado na escolha do fotógrafo.

Queríamos fotos espontâneas que retratassem artisticamente a nossa alegria, a nossa emoção, o nosso nervosismo, o nosso amor e o carinho da família e dos amigos. Eu queria também lindas fotos em preto e branco, um recurso que, na minha opinião, ressalta ainda mais a beleza de um momento emocionante. Não queríamos, de jeito nenhum, um álbum com aquelas fotos artificiais, cheias de poses tradicionais, sorrisos forçados e sem nenhuma emoção.

Foi então que descobrimos o fotojornalismo, um estilo de fotografia mais despojado, artístico, com enquadramentos inesperados e que explora bastante o recurso da fotografia em preto e branco. É bem aquela foto com cara de editorial de revista, sabem como é? Para fazer fotos assim, além de ser muito bom, o fotógrafo tem de ter experiência nesse estilo e um olhar apurado.

O estilo do álbum de casamento também mudou, se modernizou, não tem mais nada daquilo de colar um foto 20x25 numa página em branco. Hoje em dia, os álbuns são no formato de uma folha panorâmica (vizualizem 2 páginas de um livro grande abertas e sem aquela emenda branca no meio) em que são colocadas várias imagens em diversos tamanhos, fazendo uma montagem de diversos momentos (close da noiva no making off, outra foto do vestido pendurado, uma foto dos sapatos ao lado das jóias e do buquê, a mãe ajudando a filha se vestir...).

Mais uma vez, fui incansável na procura: passei meses olhando sites e álbuns de fotógrafos. Quando encontrei o Namour (é dele essa foto), pensei: "é esse!" Meu cerimonialista foi logo avisando: "é um dos melhores fotógrafos da região (talvez até do Brasil) e o preço é bem salgado". Ainda assim, fomos conhecê-lo pessoalmente. Ele é uma simpatia, nos deu um super mega desconto, fiquei fã dele, mas o preço estrapolava (e muito) o orçamento pré-aprovado pelo meu pai para as fotos.

Foi então que meu cerimonialista teve a brilhante idéia de me apresentar ao Galvão (www.studiogalvao.com.br), que também está entre os TOP da minha região. Adorei o trabalho dele, a forma como ele explora o fotojornalismo, os álbuns e os brindes. Decidi: "tem de ser esse!" Só que ele já tinha outro casamento na mesma data. Choquei! Conversei com meu cerimonialista que, como num passe de mágica, conseguiu o Galvão para mim.

Só que o preço do Galvão ainda estava um pouco acima do nosso orçamento. Como eu não tinha gostado de mais nada, não ia ter outro jeito, teria de falar com os meus pais para revisar o nosso orçamento. Meu pai, todo amoroso, foi logo tratando de resolver o problema: "Filha, papai tem um cliente que é fotógrafo e que pode fazer um preço especial". Pensei: "xiiii!" Antes que eu tivesse um treco, ouvi a santa voz da minha mãe dizendo: "Benhê, essa decisão é deles! Deixe eles escolherem". Expliquei a eles o quanto ter um bom fotógrafo era importante para mim, que de tudo só as fotos ficariam. Meus pais, como sempre, foram maravilhosos, compreensivos, negociaram com o Galvão e fecharam o contrato com ele. Enfim, tudo resolvido!

"Fotos são para recordar e recordar é reviver."