quinta-feira, 31 de julho de 2008

A Data


Marcar a data...
Ah, como foi difícil escolher uma data para o grande dia! Tínhamos de levar muitas coisas em consideração, além de conciliar as agendas.

Bem, para começar, pelo menos uma coisa eu sabia: não queria casar no frio de jeito nenhum. Então, os meses de junho a agosto foram sumariamente descartados. Claro que o noivo não estava nem aí para esse detalhe, porque de terno eles não sentem frio nunca. Por isso fui bem categórica e irredutível nesse ponto.

Também não queria casar na época de chuva e nem de calor intenso. Confesso que fiquei com dó do noivo naquele terno quente. Isso sem falar no alto índice de desmaio de madrinhas no altar nessa época do ano. Seria um mico só, né? Finalmente, convenci o noivo de que essa não seria uma boa época para o casamento com o argumento de que os pacotes de lua-de-mel ficam muito mais caros no período de dezembro a fevereiro. Quem conhece o No sabe como esse argumento foi poderoso (hehehe).

Então, reduzimos o leque de opções para os meses de março, abril, maio, setembro e outubro.

Well, nossa primeira intenção era casar no mesmo dia em que começamos a namorar, em abril. Mas quando fui para Dourados, em abril, me deparei com um frio terrível (os termômetros chegaram a marcar 4ºC). Gente, Dourados fica no Sul do Mato Grosso do Sul, bem pertinho do Paraná, e, quando faz frio por lá, brubrurrrr... Como eu disse antes, não queria casar no frio de jeito nenhum. Mas, mesmo assim, foi difícil descartar esse mês pela simbologia e por medo de sofrer um desfalque no time de madrinhas (duas grandes amigas pretendiam pegar remoção no segundo semestre de 2009).

Sofri muito com isso. Não sabia o que fazer. Até que meu futuro cerimonialista me contou uma história que mexeu bastante comigo. Ele relatou o episódio de um casal que havia morado muitos anos nos Estados Unidos e que quando voltaram para Dourados, cheios de doletas, resolveram fazer uma festa memorável para os amigos. Só que no dia do casamento, eles estavam super tristes e não curtiram nada porque os amigos deles que estavam nos EUA não puderam vir. Lembro direitinho do que ele me disse: "o casamento tem de ser para vocês (os noivos), tem de ter a cara de vocês, tem de ser um momento para vocês curtirem juntos." Lembro também do que minha mãe me disse: "Filha, vocês têm de fazer o que for melhor para vocês e as pessoas que gostam de vocês vão dar um jeito de estar presentes." (Olha, a indireta, gente!) O No também achou que teríamos mais tempo para organizar tudo se marcássemos o casamento para o segundo semestre de 2009. Depois disso, abril foi definitivamente descartado.

Bem, eu já sabia que esse negócio de morar em Brasília, o noivo morar em Rio Preto e casar em Dourados seria complicado mesmo porque não dava para marcar o casamento para qualquer dia já que muitos padrinhos e convidados precisariam viajar para Dourados! Então, precisávamos de uma data próxima a um feriado. Veio, daí, a idéia do dia 10/10/09, por ser o sábado que antecede a "semana do saco cheio". Além disso, outubro é primavera, a bela estação das flores. Quem sabe não economizo um pouco com a decoração, afinal as flores devem estar mais baratas nessa época do ano, né?

That's it! Até 10 de outubro de 2009. Espero todos em Dourados!

P.S. Não sou supersticiosa não, mas bem que seria interessante adiar o casório para 2010 - já pensaram: 10/10/10? ....Hehehe.... Alguém aí sabe o significado do número 10? Brincadeirinha... acho que já esperamos demais, né?

terça-feira, 29 de julho de 2008

O Pedido


Once upon a time, uma moça muito curiosa perguntou ao namorado o que ele daria a ela de presente de aniversário de 10 anos de namoro. Ele, muito misterioso, respondeu que seria surpresa e que não daria nenhuma dica para que ela tentasse advinhar o que era. Ela não se conformou de ficar sem as dicas porque com as pistas que ele dava ela sempre acabava descobrindo o que ganharia.

Então, um belo dia, depois de muito ela perguntar sobre o presente, o namorado disse que estava preocupado e que tinha medo de que ela não gostasse do presente que ele havia comprado com muito carinho para ela. A moça pensou: agora eu descubro o que ele comprou para mim! Com segundas intenções, ela disse que ele não precisava se preocupar porque ela tinha certeza que ele havia comprado algo muito bonito. Mais preocupado ainda, ele disse que o presente não era exatamente como ela havia dito há muito tempo que queria. Hummm, ela pensou: homens não se lembram do que uma mulher disse "há muito tempo". A memória deles é muito limitada e seletiva.

Ela começou a ficar nervosa porque na semana anterior, no meio de um assunto qualquer, havia comentado com ele como deveria ser o anel de noivado que um dia ele daria a ela em sinal do seu amor. Com isso em mente e com terceiras intenções, ela disse para ele não se preocupar com isso porque caso ela não gostasse, ela poderia trocar o presente por outra coisa na loja. Apreensivo, ele disse que não tinha como trocar o presente.

Ela começou a suar frio... pensava: o que eu não posso trocar?... concluía: eu posso trocar qualquer coisa, menos um anel de noivado... pensava: mas não pode ser, ele disse que não sabia o tamanho do meu dedo... concluía: não deve ser isso... pensava: mas o que será que eu não posso trocar, então? Ela resolveu sondá-lo mais uma vez e perguntou por que ela não poderia trocar o presente. Ele respondeu que nunca tinha visto ninguém trocar esse tipo de presente. Ai, ai, ai... aí, ela teve certeza de que era o anel.

Ligou correndo para uma amiga para tirar essa hipótese a limpo. A amiga disse para a moça se preparar para o pedido e comprar um vestido maravilhoso. A moça correu ao shopping e comprou um belíssimo vestido que lhe custou os olhos da cara. Afinal, o momento exigia uma produção especial.

E se não fosse nada disso? E se não houvesse anel nenhum? Afinal, ele não havia feito nenhum comentário sobre um possível noivado. Ela ficou temerosa de ter jumped to conclusions. Se acalmou e resolveu curtir a data, com ou sem o pedido.

No grande dia, ele a levou para jantar no restaurante mais romântico da cidade. Ela pensou: pode ser. Ao entrarem no restaurante, o garçom os levou para a mesa que já estava reservada. Ao sentarem-se, o namorado disse que precisava voltar ao carro para pegar a máquina fotográfica. Ela pensou: deve ser. Alguns minutos depois, ele voltou só com a câmera nas mãos. Ela perguntou: "e o meu presente?". Ele respondeu: "está no carro". Ela pensou: acho que não é.

Olharam o cardápio e fizeram o pedido, o do prato e do vinho, não "aquele". Conversaram, riram muito, e nada. Ele não falava nada que indicasse que faria o grande pedido. Ela pensou: não deve ser. Então, ele começou a falar que a amava muito e que gostaria de ficar com ela para sempre, mas que eles não podiam se casar ainda porque a situação não era a ideal. Ela pensou: não é mesmo, melhor relaxar e curtir o momento.

Eles terminaram de jantar. A comida estava deliciosa. Ele pediu um café. Quando o garçom trouxe o bule, o namorado pediu que a moça abrisse a pequena louça a sua frente. Ela pensou: ai, meu Deus! E, naquele momento, ele disse: "você quer casar comigo?". Ela, com lágrimas nos olhos, disse: "sim, quero". Para selar o compromisso, ele colocou a bela aliança no dedo anular direito dela. O anel era lindo. Na vez dela colocar a aliança no dedo dele, ela disse: "eu não teria escolhido nada mais lindo". E eles viverão felizes para sempre...


"Quem viver verá!"

Para os que já não acreditavam mais, para os que não perdiam as esperanças, para os que só acreditavam vendo, demorou um "pouquinho", é verdade, mas agora é para valer: estamos noivos e com a data do casamento marcada. 10 de outubro de 2009 é a data escolhida.

Dourados, minha cidade natal, sediará o acontecimento histórico. Marquem na agenda!