terça-feira, 28 de outubro de 2008

O vestido - Parte I


Na minha definição de casamento dos sonhos, depois de achar o noivo certo, não havia nada mais importante do que encontrar o vestido perfeito. E achar o vestido que tivesse um design exclusivo, um bom caimento, tecido de qualidade; que não engordasse; que fizesse com que eu me sentisse linda e noiva e que não arruinasse as economias de uma vida inteira não foi nada fácil. Olhei muitas revistas, pesquisei muito na internet, fui a muitas lojas e falei com alguns estilistas.

Só depois dessa intensa pesquisa, estava preparada para escolher o vestido que seria usado no dia mais especial da minha vida. Essa foi, sem dúvida, a parte mais emocionante e mais mágica da organização do casamento. Era a materialização de um sonho de menina.

Mas, antes de sair feito louca atrás do vestido dos meus sonhos, quis saber o que o No gostava e o que não gostava em um vestido de noivas. E se engana quem pensa que homem não tem opinião sobre isso. O meu de cara disse que não gostava daqueles vestidos rodados, do tipo princesa. Ufa, respirei aliviada!

Aí ele foi comigo em alguns ateliês para tirarmos a prova. As vendedoras quase caiam de costas quando viam o noivo - tinha de ficar explicando que ele só ia dar a opinião dele sobre o estilo do vestido e mais nada. Não ia mostrar o vestido definitivo (nem a foto e nem o desenho) de jeito nenhum, mas queria saber como ele gostaria de me ver nesse dia. Queria estar linda para ele. Queria ver o queixo dele caindo ao me ver entrar na igreja. Afinal não adiantaria nada eu me sentir linda e maravilhosa e não receber nenhum elogio do noivo, né?

Desde o começo, decidi que não queria mandar fazer o vestido porque não queria ter dor de cabeça, nem fazer 8 provas e nem correr o risco de o vestido não ficar do jeito que eu imaginava ou, pior ainda, ter um vestido que não me valorizasse. Queria encontrar o vestido dos meus sonhos pronto. Queria saber exatamente como ele ficaria em mim porque, quantas vezes, a gente vê um modelo maravilhoso na revista e manda fazer um igualzinho, aí quando fica pronto, percebemos que não ficou bem ou não valorizou muito nosso corpo. Por isso achava complicado mandar fazer um vestido tão especial quanto esse.

Para ilustrar, vou contar a historinha do vestido dessa foto. Simplesmente cai de amores por esse vestido assim que o vi no site de uma loja de São Paulo. Ele era do jeito que eu queria - simples e elegante. Decidi que queria me casar com ele, tanto que fui até a loja em São Paulo só para experimentá-lo. Quase chorei de emoção quando o vi (ele era lindo), mas, para a minha surpresa, não gostei de como ele ficou no corpo - não é que tenha ficado feio, mas não deu aquele tchan, entendem? Aí simplesmente perdi a vontade de me casar com ele. Já pensaram se eu tivesse mandado fazer o vestido?

Também não queria usar um vestido tomara-que-caia de jeito nenhum. Experimentei vários modelos lindos e com alças (como o da foto), mas era o tomara-que-caia que sempre acabava valorizavando mais o colo e me deixando mais elegante e menos magra. Não é a toa que 96% das noivas aparecem de tomara que caia no dia do casamento!

Essas experiências sacramentaram ainda mais minha decisão de comprar o vestido pronto. Claro que houve um momento em que quase desisti de encontrar o vestido do jeito que eu queria pronto. Algumas vezes, eu gostava do decote da frente, mas não gostava da saia. Outras vezes, gostava do decote nas costas, mas não gostava do tecido. And so on...

Aí, fui conversar com um estilista renomado de Brasília para analisar a possibilidade de confeccionar o vestido. Lá havia uma noiva experimentando seu vestido e ouvindo nossa conversa. Quando comentei que tinha medo de o vestido não ficar do jeito que eu esperava, a outra noiva (dentro do seu vestido dos sonhos diga-se de passagem) olhou para mim com aquela cara de "é assim mesmo". Naquela hora, coloquei uma pedra nas minhas dúvidas. Até experimentei um vestido muito bonito que tinha sido feito para o desfile do Fest Noivas e que nunca tinha sido alugado. Pensei: "se não encontrar nada, alugo esse". Mas eu também não queria alugar um vestido porque achava um desperdício de dinheiro para usar o vestido por um único dia e ter de devolver no dia seguinte.

Bem, capitalizei ao máximo as diversas possibilidades que eu tinha de ir a lugares diferentes atrás do meu vestido. Pesquisei em Brasília, em Rio Preto, em Dourados, em São Paulo e até em Madri. Deu trabalho, mas encontrei o vestido do jeito que eu imagiva - simples, mas muito elegante.

Desolée, mas, para manter as expectativas de vocês e do noivo, não darei mais detalhes sobre o vestido. Apenas, for future reference daquelas que ainda não se casaram, contarei nos próximos posts minhas experiências nas lojas mais interessantes.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O Enxoval


Como minha mãe e eu já íamos para São Paulo, em agosto, ver os vestidos de noiva (mais informações nos próximos posts), não perdi tempo e aproveitei a oportunidade para comprar coisas lindas, de excelentes marcas e por preços muitos melhores do que os de Brasília.

Meninas, o "Brás" é tudo de bom nesse quesito. Claro que é uma muvuca e tem de andar à bessa para encontrar produtos bons e de qualidade. Mas que tem, isso tem. É só procurar que você acha e não comprar na primeira loja porque logo ali, do outro lado da rua, tem uma loja vendendo o mesmo produto por um preço bem melhor. Se você pechinchar muito e ainda pagar à vista conseguirá bons descontos. Eu, por exemplo, comprei um edredon da Buettner de bordado inglês (esse aí da foto) para fazer jogo com o lençol pela metade do preço candango (aqui era mais de R$ 600,00, lá eu paguei menos de R$ 300,00).

Claro que, como tudo na vida, sempre tem um inconveniente... que é, óbvio, CARREGAR as compras! Tivemos de comprar aquelas sacolas xadrez brrrregas de sacoleiro (sabem de qual eu estou falando, né?) para unitizar as compras e tentar carregar tudo. Foi uma verdadeira aventura se espremer entre a multidão do "Brás", em pleno sábado à tarde, com 3 sacolões enormes e pesados para chegar até o metrô. E enfrentar o aperto do metrô com essas coisas de enxoval que fazem um volume danado, então? E para terminar, ainda tinha o avião e uma ínfima cota de 23 kg... Para minha sorte, naquele dia, a GOL estava com algum problema no sistema e não estava cobrando excesso de bagagem de ninguém! UFA!

Eu e minha mãe viramos verdadeiras sacoleiras. Quase morremos de tanto andar e nossos braços ficaram doendo por uns 2 dias. Mas valeu a pena. O que a gente não faz por uma pechincha?

Um item a menos da minha check list para eu me preocupar. Minha filosofia para organizar o casamento tem sido a seguinte: resolvo um problema de cada vez, mas resolvo logo, não deixo as decisões para o ano que vem. Com isso, tenho ficado bastante tranquila ao perceber que os problemas têm diminuído e que as coisas têm ficado do jeito que eu sempre quis. Minhas amigas que acabaram de se casar me aconselharam a não comprar muitas dessas coisas porque tem convidado que gosta de dar esse tipo de presente, mas não resisti. Quem me conhece bem sabe que sou meio ansiosa.

Agora o único problema é achar um espaço no meu aPERtamento para guardar mil e um edredons e lençóis e colchas e toalhas até o apartamento ficar pronto ...